Esse lugar foi feito para VOCÊ!
Aqui no blog, você encontrará artigos sobre práticas espirituais, saúde mental, resumos de livros e temas diversos da psicologia. As publicações abordam temas como técnicas de meditação, dicas para fortalecer a autoestima, a importância da saúde mental e o poder da resiliência.
Este é o espaço onde compartilho meus aprendizados e práticas que ajudam você a alcançar paz interior e uma vida mais consciente.
Sobre Mim:
Juliana Neves
Sou estudante de psicologia e apaixonada por autoconhecimento, espiritualidade e desenvolvimento humano. Por meio dos meus conteúdos, exploro diversas práticas como meditação, resumos de livros transformadores e dicas de autocuidado. Como uma "pisciana sonhadora", busco ajudar as pessoas a encontrarem o equilíbrio entre o autoconhecimento e a prática de novas vivências para viver de forma plena e alinhada com o que realmente importa.
Você não venho ate aqui para desistir!
Boraaaaa Viver !!
Como a Dor Me Fez Encontrar a Mim Mesma
Sempre ouvi autores dizendo que, nos momentos de dor profunda, é onde nasce a verdadeira força. Por muito tempo, duvidei disso, mas o ano de 2024 trouxe a prova que eu vinha lendo há anos. Este ano trouxe uma dor imensa, um tipo de sofrimento que nunca tinha experimentado. Em resposta, me isolei completamente.
Ao lidar com o luto, muitas vezes passamos por cinco fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. A negação é um estado em que tentamos nos convencer de que tudo é um mal-entendido, que a dor vai passar, ou que a outra pessoa está confusa. Em seguida, vem a raiva, onde buscamos um culpado – seja nós mesmos, com culpa e vergonha, ou o outro, que de repente parece cheio de defeitos.
Passamos então pela barganha, onde tentamos negociar com a realidade, implorando ao outro, a Deus, ou a qualquer força superior que nos ajude. Depois, enfrentamos a depressão: um vazio total, falta de vontade de socializar, comer, e até de viver. O mundo perde o brilho, e a vida parece ter acabado. Cada pessoa experimenta essas fases de maneira única e por tempos variados – pode durar dias, meses ou até anos. Finalmente, chega a aceitação, onde a dor ainda está lá, mas já conseguimos ver um céu azul novamente.
Para mim, essa dor foi um “restart”, um reinício em minha vida. Sei que muitas pessoas podem se perder em seu luto, mergulhando em um poço tão profundo que nunca mais conseguem sair. No meu caso, ele veio como um ensinamento. Mesmo cercada de pessoas, me senti sozinha. Ninguém parecia compreender a minha dor – e foi nesse vazio que senti a necessidade de buscar Deus.
Sei que parece clichê, mas já tive encontros com Deus antes. No entanto, desta vez, acredito que Ele veio até mim. Não foi algo imediato; era um processo de técnicas, lágrimas e purificação. Lentamente, Ele foi limpando minhas feridas e me dizendo que tudo ficaria bem. Esse foi o meu despertar.
Hoje, me pergunto: onde eu estaria se nada disso tivesse acontecido? Provavelmente paralisada, vivendo uma vida mediana, esperando que algo melhor acontecesse sem fazer minha parte.
Deus já determinou que podemos ser e ter o que quisermos nesta vida. Mas, ao entrar nessa busca de receber do universo, às vezes esperamos que tudo chegue até nós de forma milagrosa, sem esforço. Queremos que o universo faça sua parte, mas evitamos fazer a nossa.
Sempre fui sonhadora, mas também procrastinadora. Faltava disposição para estudar, enfrentar a vida de verdade, e isso me manteve anos no mesmo lugar. Não estou dizendo que milagres não acontecem; eles acontecem, mas, se acompanharmos cada oração com ações concretas, os resultados serão muito mais rápidos e poderosos.
Oração significa orar e agir. Nada na vida vem de graça; é preciso sair da zona de conforto, enfrentar nossos medos e encarar as frustrações que inevitavelmente surgirão no caminho. Pare de julgar aqueles que fazem o que você gostaria de fazer, mas ainda não teve coragem.
Se há algo que aprendi e que deixo como conselho é: ninguém, absolutamente ninguém, tem a obrigação de acreditar nos seus sonhos. Você é o único responsável por eles e deve ser seu maior incentivador.
Minha maior lição em 2024 foi:
Vença seus medos.
Organize seus projetos.
Seja forte por você mesmo.
Você é a pessoa mais importante do seu mundo. Busque com toda a sua força se curar, se conhecer e se amar.
Persiga seus sonhos como se fossem a coisa mais importante – porque são. Se passar por esta vida apenas contando sobre os sonhos dos outros, todo o caminho terá sido em vão.
Marcos de Transformação: Minha Jornada Rumo ao Autoconhecimento
Os marcos em nossa vida são como capítulos de um livro, cada um trazendo mudanças, aprendizados e desafios que nos moldam. Eles nos ajudam a refletir sobre quem somos e para onde queremos ir, funcionando como pontos de virada que nos permitem reavaliar o que realmente importa. Alguns marcos podem parecer pequenos, enquanto outros têm o poder de transformar completamente nossa trajetória. O mais importante é como escolhemos aprender e crescer a partir deles.
Sempre fui uma pessoa ansiosa e, por muito tempo, usei o "merecimento" como uma forma de recompensa. Quando estava feliz, comemorava com comida e álcool. Nunca com uma saladinha, claro, mas sempre com pizza ou algo mais indulgente. Não me entenda mal, eu amo pizza! O grande problema é que, quando estava triste, o meu sistema de escape era o mesmo: “Hoje vou me permitir comer algo que eu gosto, pois não estou em um dia bom.”
Esse ciclo criou um padrão perigoso, especialmente com o consumo de álcool. O que muita gente não sabe é que mesmo "uma cervejinha por dia" pode, com o tempo, se tornar um hábito que não percebemos até que seja tarde. A felicidade leva à celebração, a tristeza ao consolo, e outros eventos sociais apenas reforçam esse padrão. De repente, a bebida está presente em todos os dias da semana. O pior é que encontramos justificativas para mantê-la. Foi aí que percebi como essa relação era prejudicial.
Essa dinâmica me levou a pesar 75 quilos. Para alguém com 1,55 m de altura, isso foi significativo. O peso, em si, não era o maior problema; o que realmente me incomodava era não gostar da imagem refletida no espelho. Usei por muito tempo a frase "Eu me gosto assim, as pessoas têm que me aceitar", mas, no fundo, essa era uma defesa para esconder meu descontentamento. Quem realmente gosta de si mesmo não precisa reafirmar nada para ninguém; apenas é. Aceitei que precisava mudar.
No início, a mudança foi difícil. Não tinha força atratora suficiente e precisei de ajuda. Aprendi que assumir nossas condições e buscar apoio não é fraqueza, mas um ato de coragem. É assim que retomamos nosso poder.
O Papel do Merecimento na Transformação
Podemos usar o "merecimento" de forma mais consciente, como uma ferramenta para alcançar metas. O primeiro passo é reavaliar o nosso sistema de recompensas. É preciso parar de ser um "mimado dopaminérgico" que busca recompensas fáceis para qualquer pequena realização. Comer algo fora da dieta, comprar itens desnecessários ou passar horas nas redes sociais são escapes que, ao final do dia, só nos deixam mais cansados e frustrados.
Limpar o sistema de recompensas significa ensinar o cérebro a se esforçar mais por recompensas mais significativas. Isso exige persistência e autorreflexão. Sugiro um exercício prático: anote cada vez que buscar algo como recompensa e o sentimento associado a essa ação. Depois, redefina metas e crie recompensas saudáveis para cumpri-las, como comprar um objeto desejado, sair para comer algo especial ou celebrar com amigos. Esse processo fortalece a sua disciplina e cria um ciclo positivo de realizações.
Com o tempo, percebi que o verdadeiro "merecimento" está em construir hábitos que nos aproximam de nossos objetivos, em vez de nos afastar. A jornada não é linear, mas cada passo conta. Persistir é essencial, mesmo diante de recaídas. Afinal, o cérebro aprende pela repetição, e é no retorno ao "dia um" que construímos a verdadeira mudança.
Meu Primeiro Grande Marco: Novembro de 2019
Essa reflexão sobre o "merecimento" foi essencial no meu primeiro grande marco de transformação. Em novembro de 2019, tomei uma decisão que mudaria minha vida: me mudei de cidade. Deixei para trás a família, os amigos e o conforto de uma vida conhecida. Passei a morar de favor na casa de duas amigas, e, pela primeira vez, precisei lidar com a solidão.
Longe de tudo e todos, tive muito tempo para refletir sobre quem eu era. Comecei a questionar minha identidade e minhas escolhas. Por anos, minha vida foi guiada pelos desejos dos outros. "Escolhe você" era minha frase favorita, um escudo que me isentava da responsabilidade e do peso das decisões. No entanto, ao me afastar dessas influências, percebi o quanto eu desconhecia a mim mesma.
Que tipo de filme eu gostava? Não sabia. Qual era minha comida favorita? Não fazia ideia. Até mesmo na escolha de roupas, preferia ganhar peças do que decidir por mim mesma. Esse distanciamento me forçou a encarar essas perguntas e muitas outras. Foi doloroso perceber que, apesar dos 27 anos de vida, eu não tinha um senso claro de quem eu era ou do que queria.
Nesse período de introspecção, também enfrentei um sentimento de inadequação. Não tinha casa própria, carro, relacionamento amoroso ou filhos. Sentia que falhava em atender às expectativas impostas pela sociedade. No entanto, percebi que parte dessa infelicidade vinha de medir meu valor com base nesses padrões. Comecei a entender que a verdadeira realização não está em cumprir uma lista pré-determinada, mas em viver de acordo com nossos próprios valores e objetivos.
Foi nesse cenário que me inscrevi em meu primeiro curso de reprogramação mental, com Elaine Ourives, uma mestra maravilhosa que admiro profundamente. Entrei no curso inicialmente em busca de ganhos materiais, acreditando que isso resolveria meus problemas. E, de fato, o dinheiro veio. O que eu não sabia era que, sem curar minha alma, o dinheiro não permaneceria. Ele entrava, mas saía rapidamente, como se não se sentisse bem-vindo.
Com o tempo, entendi que minha relação com o dinheiro estava ligada a sentimentos profundos de não merecimento e culpa. Sentia que, ao ganhar mais, de alguma forma trairia minhas origens ou desequilibraria minhas relações familiares. Esse ciclo de crenças me levou a dissipar os recursos que conquistava. Trabalhar essas questões foi essencial para mudar minha perspectiva e começar a construir uma base mais sólida.
Essa mudança de cidade foi o início de um processo de autodescoberta e crescimento. Apesar da solidão e dos desafios, abriu caminho para que eu pudesse me tornar a pessoa que sou hoje. Ainda estou aprendendo, mas esse foi o primeiro passo para retomar as rédeas da minha vida.
As rédeas da sua vida estão nas mãos de quem? Pense nisso, e nos encontramos na próxima reflexão.
Beijos com amor,
Juliana Neves